PLASTICKY


Fugindo dos esteriótipos
9 de agosto de 2012, 6:31 PM
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“Passei muito tempo da vida querendo ser uma coisa e hoje sou outra”, quem nunca se deparou com uma situação assim? Na real, acho que todo mundo se depara com isso o tempo todo.

Até uns anos atrás eu era a menina cheia das “fofices”, de sapatilha, meia calça e estampa de poá. Esse “quadro” de estilo não mudou, mas o contexto – e a própria vida – sim. A gente vai conhecendo gente, vivendo experiências, mudando, se formando e por incrível que pareça, nessa bola de neve sempre cabe um pouco mais de informação.

Daí que eu praticamente parei de usar salto, voltei pros tênis,  raramente quero saber de tendência ou revista de moda e hoje em dia tô no naipe “quero ter um armário recheado de vans” e tudo mais.

Mudar não quer dizer que você tem que aderir ao esteriótipo. Do mesmo jeito que meninas que acabaram de descobrir as baladas de playboy não precisam sair por aí uniformizadas (e o quanto isso desperta o “ódio” em geral?), nenhuma menina também precisa usar tênis com shortinho jeans, camiseta de banda em forma de regata super cavada, boné de skatista de ladinho tudojunto (FORA a pose de malandra) pra aderir a um esteriótipo.

“As minhas imagens de moda de algum tempo atrás – e que ainda continuam sendo”

Antes que vocês me perguntem qual razão eu tenho pra entrar nessa discussão, provavelmente meu TCC vai ser baseado na minha própria mudança pessoal desde o início da faculdade até aqui. Aos poucos tô elaborando isso melhor, mas através dessas imagens já dá pra sacar bem o que eu ando pensando.

Preciso confessar que eu me sinto inexplicavelmente irritada quando me deparo com essas menininhas bem novinhas fazendo pose disso ou daquilo. Eu sei que é da idade e que 99,9% das meninas já fizeram isso. Pode até ser que elas realmente dominem aquela pose toda, mas é tudo tão forçado que me dá preguiça até de procurar saber. Overdose visual de “sou isso ou aquilo” cansa.

“A California e todo seu feeling leve, desencanado e ensolarado é o meu auge de referências não só de moda, mas também de estilo de vida hoje em dia”

Feito o desabafo e voltando ao assunto inicial, ninguém precisa mudar ou se adaptar a algo diferente aderindo ao esteriótipo. O que tem de MAIS legal no mundo hoje em dia é que rola de misturar um pouco de tudo pra formar algo único. Isso em quase tudo na vida! Então porque deixar de lado tudo que você já é, que vêm sendo formado há anos e anos pra se enfiar numa imagem pronta que revistas, blogs, amigas – seja o que for – tão te dando em cima de uma bandeja? Cada um pode – e deve – ter sua particularidade e elas SUPER podem se acumular. É justamente aí que rola a mágica.

Ando percebendo que tô indo pra esse lado meio Lily Allen (no ínicio da carreira) de ser. Sempre pirei exageradamente na dela sem saber exatamente o porquê. Adorava as músicas, mas demorei pra perceber que aquela admiração toda tinha muito mais a ver com a leveza, a molecagem misturada com a fofice. O jeito delicado, meigo de cantar coisas que nem sempre eram tão doces. E não é nem que eu seja exatamente como a Lily, é só a brincadeira que é um pouco a mesma.

Listening the story: Faith No More – Easy / Lily Allen – Friend Of Mine / Sublime – What I Got

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